segunda-feira, 27 de dezembro de 2010


Mirador


A este teu olhar acuso

que descortinou, indiscreto

Meus desejos ocultos,

Meus anseios secretos...

E me fez entender

Que uma vez presa, era livre

Se me entregasse ao convite

Irresistível do saber

Agora o que será de mim?

Isto não terá fim?

Me fizeste como tu,

Ó professor impiedoso,

Devota do conhecível

Ansiosa pelo intangível

Caçadora deste tesouro

Contido em teorias

de Keinert , Subirats, Saravia...


Bem estava eu lá ignorante

-Eu conhecia a felicidade-

Sossegada num mundo constante

(que o diga René Descartes!)

Mas quando chegaste um dia

Apresentando-me à universidade

Nunca mais eu senti quietude de verdade.

Quem eras tu, um personagem?

Mas como questionar?

Era tarde demais para tentar

Soltar-me da armadilha

Pela voz eloquente fui atraida

E sedenta, sorvi as palavras

Que brotavam do teu falar

Foste tu, indomado mirador

Que me mostraste o mundo por teus vitrais

E provocaste ao mesmo tempo êxtase e dor

Revelando-me as agruras reais

Um certo professor...

Completamente culpado

Por eu ter me apaixonado

Pela deliciosa sensação do saber...

E eu, insaciável, sei tão pouco...

E que grande pretensão querer

Dissociar busca e prazer...


A um certo professor

Indomado mirador

Não poderei esquecer jamais...

Obrigada pela autenticidade

Pelas não meias- verdades

E por ter, através de teus olhos, me roubado a paz!


terça-feira, 14 de setembro de 2010

Rendição


Imaginei-me aos pés de Cristo

E eu sei que realmente estava

Sentindo o toque do varão divino

que minha fronte acariciava



Meu coração de pronto se rendia

à doçura do olhar que me amava

e eu, pecadora merecia

não receber tanta atenção, tamanha graça



Oh profundidade das riquezas

quem pode entender o amor de Deus

e Seu perdão dado em realeza?



Daquela hora ficou-me a certeza:

Pela razão de encontrar-me com Ele

não atrevi-me mais a ser a mesma

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

A grande descoberta


O homem é um ser dotado de múltiplas inteligências, capaz de aprender e modificar o meio em que vive. Desde os primórdios da humanidade, povos se dedicaram à explorar novos horizontes, almejando sempre ir aonde nenhum outro homem jamais havia ido ainda, e passaram a conhecer novos continentes, ilhas, o mais profundo dos mares e começaram a descortinar os mistérios do universo. Mas a busca de tanto conhecimento nos leva à uma reflexão básica para a qual os cientistas não têm uma resposta precisa: quem realmente somos, o que fazemos aqui e para onde iremos depois? Albert Einstein acreditava em um "espírito que estava por trás de toda a criação" e assumia o seu fascínio por esse Ser. Francis Collins, que liderou o Projeto Genoma nos EUA afirma que seria impossível que as combinações genéticas fossem obra do acaso. Será que a grande descoberta da Humanidade neste século não poderia ser a si mesmos? Sim, a descoberta de sua razão de existir, do seu propósito? Deixo aqui uma mensagem simples, curta e direta para aqueles que estão à procura de si mesmos: "Eu te louvarei, porque de um modo assombroso, e tão maravilhoso fui feito; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem." Salmo 139:14 " E disse Deus Haja..." Gênesis 1: 3a.