sexta-feira, 17 de junho de 2011

Escolhas




O caminho proposto não chega ao destino




É um caminho de pedras,




de passadas incertas, que não fazem sentido...




São sete da manhã, o sol ardente incita o bem...




ou o mal, para os que dele dependem




Ao final do dia, exaustos, letárgicos,




deitamos a consciência numa lápide senil...




ao pensar no que poderia ter sido mudado




se fôssemos inadequados...




apegados à uma verdade nada sutil




Defensores de valores passado




-Le demodé, merci




Para inglês não ver,




Para os nossos filhos, sim!




Quando foi que a integridade saiu de moda?




Se é que na terra do samba já esteve em voga...




Desculpem-me as mentes mais fracas,




foi que esqueci de avisar...




o pão já acabou e o circo mudou de lugar




Aborto, corrupção e fraude...




substantivos comuns? Sim, familiares




E por que mesmo nos acostumamos com a maldade?




Ao final do dia, exautos, letárgicos,




deitamos a consciência numa lápide senil...




ao pensar no que poderia ter sido mudado




se fôssemos inadequados...




apegados à dignidade...




por uma nação chamada Brasil!




segunda-feira, 30 de maio de 2011

Em Pedaços



Não quero dar-Te






a metade do meu coração






uma parte da minha vida






um pedaço da minha alma






-restos de uma oração repetida-












Não vou trazer-Te uma oferta mal colhida






nem entragar em Teu altar obrigação






Mas quero ser a pecadora arrependida






que faz do puro nardo adoração












Eu decido hoje dar-Te tudo






sem reserva, sem temor, sem restrição






e me esvazio dos conceitos deste mundo






para deixar-me totalmente em Tuas mãos






Ao Teu olhar meu ser se quebra por inteiro,






eu não resisto ao Teu amor, não posso mais






e, desarmada, sou pedaços que o Oleiro






transforma em vaso para encher de gozo e paz!






sexta-feira, 27 de maio de 2011

Mosaico















Estes rostos e olhares


Diferentes, semelhantes


se misturam em constrastes


e se expandem no horizonte




São anônimos conhecidos


que se cruzam no caminho


se confundem num retrato


e então seguem seus destinos




Se cada pequena peça


se achegasse àquela


que está ao lado...


teríamos numa imagem tão bela


um interessante resultado




Descobriríamos, na verdade:


diferenças são apenas nuances


de um vivo e exuberante


Mosaico de Humanidade!


segunda-feira, 27 de dezembro de 2010


Mirador


A este teu olhar acuso

que descortinou, indiscreto

Meus desejos ocultos,

Meus anseios secretos...

E me fez entender

Que uma vez presa, era livre

Se me entregasse ao convite

Irresistível do saber

Agora o que será de mim?

Isto não terá fim?

Me fizeste como tu,

Ó professor impiedoso,

Devota do conhecível

Ansiosa pelo intangível

Caçadora deste tesouro

Contido em teorias

de Keinert , Subirats, Saravia...


Bem estava eu lá ignorante

-Eu conhecia a felicidade-

Sossegada num mundo constante

(que o diga René Descartes!)

Mas quando chegaste um dia

Apresentando-me à universidade

Nunca mais eu senti quietude de verdade.

Quem eras tu, um personagem?

Mas como questionar?

Era tarde demais para tentar

Soltar-me da armadilha

Pela voz eloquente fui atraida

E sedenta, sorvi as palavras

Que brotavam do teu falar

Foste tu, indomado mirador

Que me mostraste o mundo por teus vitrais

E provocaste ao mesmo tempo êxtase e dor

Revelando-me as agruras reais

Um certo professor...

Completamente culpado

Por eu ter me apaixonado

Pela deliciosa sensação do saber...

E eu, insaciável, sei tão pouco...

E que grande pretensão querer

Dissociar busca e prazer...


A um certo professor

Indomado mirador

Não poderei esquecer jamais...

Obrigada pela autenticidade

Pelas não meias- verdades

E por ter, através de teus olhos, me roubado a paz!


terça-feira, 14 de setembro de 2010

Rendição


Imaginei-me aos pés de Cristo

E eu sei que realmente estava

Sentindo o toque do varão divino

que minha fronte acariciava



Meu coração de pronto se rendia

à doçura do olhar que me amava

e eu, pecadora merecia

não receber tanta atenção, tamanha graça



Oh profundidade das riquezas

quem pode entender o amor de Deus

e Seu perdão dado em realeza?



Daquela hora ficou-me a certeza:

Pela razão de encontrar-me com Ele

não atrevi-me mais a ser a mesma

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

A grande descoberta


O homem é um ser dotado de múltiplas inteligências, capaz de aprender e modificar o meio em que vive. Desde os primórdios da humanidade, povos se dedicaram à explorar novos horizontes, almejando sempre ir aonde nenhum outro homem jamais havia ido ainda, e passaram a conhecer novos continentes, ilhas, o mais profundo dos mares e começaram a descortinar os mistérios do universo. Mas a busca de tanto conhecimento nos leva à uma reflexão básica para a qual os cientistas não têm uma resposta precisa: quem realmente somos, o que fazemos aqui e para onde iremos depois? Albert Einstein acreditava em um "espírito que estava por trás de toda a criação" e assumia o seu fascínio por esse Ser. Francis Collins, que liderou o Projeto Genoma nos EUA afirma que seria impossível que as combinações genéticas fossem obra do acaso. Será que a grande descoberta da Humanidade neste século não poderia ser a si mesmos? Sim, a descoberta de sua razão de existir, do seu propósito? Deixo aqui uma mensagem simples, curta e direta para aqueles que estão à procura de si mesmos: "Eu te louvarei, porque de um modo assombroso, e tão maravilhoso fui feito; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem." Salmo 139:14 " E disse Deus Haja..." Gênesis 1: 3a.